
Respiro... expiro

No ar que entra pela fresta da janela

Em volta de mim está frio, no vazio

Levo minhas mãos ao rosto

Escultura deteriorada pelo tempo

Não reconheço

Barriga para cima no vai e vem da respiração

...

Tinha medo do escuro, hoje, ele se faz tão presente que me pergunto se realmente estou de olhos abertos
Foi elaborada uma sequência de atos para ilustrar o conteúdo visual disposto no projeto, trata-se de uma ordem cronológica em longo prazo que expressa-se por meio de acontecimentos rotineiros agregados ao desgaste mental e físico, sobre a ótica da pessoa que tornou-se debilitada em decorrência da depressão. A realidade presente neste momento é a de exclusão do convívio social e em outro momento nota-se a presença fragmentada de algo incomum que vai se consumando no interior da personagem e criando forma diante dos olhos da modelo.
O manequim representa a depressão por meio de uma licença poética, que personifica, de forma concreta, uma pessoa com conflitos sobre o que se sente e essa condição passa a ser retratada de forma implícito nos registros.